"A gente sente nesse momento a perda desse guerreiro, a gente sabe que foi um descanso o que ele teve realmente, contou emocionado o empresário Silvano Melo. Deivison Kellrs tinha 30 anos e chegou a cantar nas bandas Musa, Nova Relação, Tsunami e Boa Toda, antes de dividir os palcos com as cantoras Luiza Ketilyn e Francyne Röper na banda Toperdo. O anúncio oficial da luta contra o câncer foi feito nos palcos, em outubro de 2017, e, por isso, o artista teve que reduzir a participação nos shows da banda, mas nunca escondeu o desejo de voltar.
Desde "Como a culpa é minha", do fim de 2011, a "Fase ruim", de 2017, os sucessos da Torpedo foram diálogos tristes sobre amor entre Deivison e a cantora do grupo (primeiro, Tayara Andreza, e depois Francyne Roper, que a substiuiu em 2016).
A música "Como a culpa é minha", que marcou a carreira de Deivison e da Torpedo tem uma longa história de sucesso - que ainda continua. É uma canção angolana, do cantor de R&B Anselmo Ralph. Faz parte de uma trilogia de faixas do artista africano.
A música fez tanto sucesso até hoje que ajudou a impulsionar a carreira de outro fenômeno recente do Nordeste, o cantor de arrocha Devinho Novaes. Ele a regravou com o acréscimo da expressão "oi nego" e garantiu um hit atual pelo país. Mas quem emplacou bem primeiro foi a Torpedo.
Como se não bastasse, o baixista da banda Torpedo, Duda Bass, morreu em novembro de 2017 após um AVC. Francyne Roper chorou no palco ao dar a notícia para os fãs. Menos de um ano depois, a banda também perdeu seu cantor.